A cirurgia de fístulas perianais

As fístulas perianais aparecem em 30 a 40 % das pessoas que vivem com doença de Crohn e em cerca de 10 % destes casos a cirurgia será necessária.

As fistulas perianais podem ser definidas como um túnel anormal do canal anal para o exterior, em regra para a região perianal. E o que, por vezes, leva ao surgimento de um abcesso anal, provocando dor intensa, prurido anal e um grande desconforto.

Situações complicadas, e nas quais o diálogo entre o gastrenterologista, o cirurgião e o doente é obrigatório para definir os caminhos a tomar.

Há ainda situações em que a solução pode estar nas células estaminas. Mas, nestes casos, há também decisões a ponderar e que envolvem diferentes intervenientes.

Sem dúvida, os dados deixam perceber que o número de cirurgias a fístulas perianais nas pessoas com DII, em Portugal, aumentou e a situação merece ser analisada e debatida profundamente.

Desse modo, estão os hospitais nacionais preparados para este aumento? Devem existir ou não cirurgiões com especialização em coloproctologia para estes casos? Como funciona a relação entre o gastrenterologista e o cirurgião? As células estaminais são um novo tratamento que dá esperança a estes doentes? Como funciona em Portugal? Assim, com a ajuda do Dr. António Manso, cirurgião no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), respondemos a estas e outras perguntas sobre a cirurgia de fístulas perianais, no terceiro episódio desta temporada de Dar a Volta à DII. Uma iniciativa da APDI – Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino.